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O Parque do Gericinó

O Parque Natural do Gericinó é uma unidade de conservação de proteção integral criada pelo Governo Municipal de Nilópolis na região cedida pela CIG (Centro de instrução do Gericinó) pertencente ao Exército Brasileiro. Sua área é de 1.003.458.60 km² sendo dividido em zonas para uma melhor caracterização da área. O Parque está localizado a cerca de 1 km Área de Proteção Ambiental (APA) de Gericinó-Mendanha, que tem início na cota de 100m do maciço, e tem sua topografia delimitada pela serra do Mendanha.

A ocupação do entorno do parque se deu no final do século XVI, parte da superfície das serras de Madureira-Mendanha e regiões vizinhas foram cenário natural de cinco diferentes ciclos econômicos (feijão, cana-de-açúcar, café, laranjas e por último o ciclo mineral, representado pela exploração das pedreiras existentes nos arredores do Parque. As atividades de instrução militar no Gericinó datam do final do século XIX - 1899, como parte da Reforma Militar,em 1908 foram adquiridas as Fazendas Gericinó e Sapopemba para implantação da Vila Militar e do Campo de Manobra do Exército e Linha de Tiro da Escola Militar. Neste período, foram realizadas obras visando atender às necessidades de instrução e adestramento que existem até hoje, a exemplo do Estande Nacional de Tiro, Torre e POs. No dia 19 de agosto de 2009 parte desta área foi cedida para o município de Nilópolis, de acordo com o Memorial Descritivo emitido pela 5ª Divisão de Levantamento Alfredo Vidal, da Comarca do Rio de Janeiro, passando assim a ser o Parque Natural do Gericinó.

Imagem com os principais pontos do Parque Natural do Gericinó. Fonte: Plano de Manejo do Parque Natural do Gericinó (editado)

Características Hidrográficas

A área do Parque Natural do Gericinó está inserida em duas bacias hidrográficas contribuintes para a Baía de Guanabara – a Bacia do rio Iguaçu e a Bacia do rio São João de Meriti. O limite da bacia de drenagem do rio Iguaçu é dado ao norte pela serra da Estrela, ao Sul, pela Bacia do rio São João de Meriti, a Leste com a bacia do rio Estrela e, a oeste com a bacia da baía de Sepetiba a bacia do rio São João de Meriti é limitada a norte e a oeste pela Bacia do rio Iguaçu, a leste, pela bacia do rio Irajá e a sul, pelas serras do Barata, de Bangu e Engenho Velho (inseridas no maciço da Pedra Branca).

Localização do Parque do Gericinó em relação as Bacias Hidrográficas do Rio Iguaçu e São João de Meriti. Fonte: Plano de Manejo do Parque Natural do Gericinó.

Principais rios e córregos do Parque do Gericinó. Fonte: Plano de Manejo do Parque Natural do Gericinó.

Características Geológicas

O Parque Natural do Gericinó situa-se adjacente ao Maciço do Gericinó Mendanha, em sua vertente Leste. Esta unidade montanhosa é cercada pelos bairros da Zona Norte e Oeste do município do Rio de Janeiro e pelos municípios de Queimados, Nova Iguaçu e Nilópolis. As áreas circunvizinhas ao maciço do Gericinó-Mendanha são formadas por várias litologias e sedimentos recentes. As rochas mais antigas do Maciço do Gericinó-Mendanha fazem parte da Unidade Rio Negro. Este grupo de rochas é considerado como o embasamento Pré-Cambriano de 1.8 bilhões de anos. Porém, a Unidade Rio Negro ainda não tem confirmação geocronológica (HEILBRON,1995). Traçando um paralelo desta unidade apresentada, ao trabalho produzido no Plano Diretor de recursos.

Domínios Geomorfológicos do Parque do Gericinó.

Fonte: Plano de Manejo do Parque Natural do Gericinó.

Esboço Geomorfológico do Parque do Gericinó. Fonte: Plano de Manejo do Parque Natural do Gericinó.

O Clima

São esparsas as informações climáticas do Parque do Gericinó, por isso foi contemplada informações mais gerais, como por exemplo, a região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. São quatro tipos de clima são estabelecidos no Município do Rio de Janeiro: Aw (clima tropical com estação seca de inverno), Am (clima de monção), Af (clima tropical úmido) e Cfa (clima temperado úmido com verão quente), considerando a classificação de Köppen.

Os estudos meteorológicos e climatológicos são realizados a partir de delimitações espaciais de unidades limitadas por divisores topográficos que podem ser utilizadas para monitoramento da qualidade do ar. Na Figura 19 é apresentada três bacias aéreas extraídas do relatório da FEEMA (2007). A Bacia Aérea III da Região Metropolitana do Rio de Janeiro abrange parcial ou integralmente, nove (9) municípios (Belford Roxo, Duque de Caxias, Japerí, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados, Rio de Janeiro e São João de Meriti), ser considerada a mais degradada em termos de qualidade do ar da região (MAIA, 2005).

Áreas climáticas do Rio de Janeiro. Destaque para a área III, que é onde se encontra o Parque do Gericinó. Fonte: Plano de Manejo do Parque do Gericinó.

A Pressão Atmosférica, segundo avaliado por MAIA (2005) na Bacia Aérea III. Em termos diários, ocorrem pequenas flutuações dos valores de pressão atmosférica ao nível da superfície do solo. “Na variação inverno e verão, os valores são maiores no inverno que no verão, graças à interação de diversos fatores, como os astronômicos, as maiores intensidades das massas polares migratórias, dentre outros. No verão, o mais intenso aquecimento solar a superfície cria forças de flutuação, que induzem a movimentos verticais ascendentes e podem levar à formação de nuvens e ainda a redução dos valores da pressão atmosférica à superfície” (MAIA, 2005). A pressão atmosférica apresenta um máximo em agosto (1020 hectoPascais29 ou hPa) e mínimo em

dezembro-janeiro (1010 hectoPascais)

A Temperatura do Ar variam no verão e inverno com sinal de sazonalidade, com máximas no verão (~27ºC) e mínimas no inverno (~22ºC), muito embora, em termos de valores extremos, a máxima atingida tenha chegado a 42ºC, em dezembro, contra uma mínima de 12ºC, em julho.

A Umidade Relativa do Ar no período estudado por MAIA (2005) -1992-1996 - indicaram que há ocorrência de situações de baixa umidade relativa do ar, variando entre 20 e 35%, podendo ser associadas ao aquecimento solar e, médias mensais muito próximas a 80%.

A Precipitação no Rio de Janeiro estão associadas a diversos mecanismos atmosféricos, tais como: frentes frias (todo o ano), linhas de instabilidade (primavera/verão) e formações convectivas regionais (verão e outono) originadas de sistemas provenientes do setor norte–noroeste. As entradas de frentes frias, normalmente, são de caráter mais intenso para chuvas e ventos, principalmente quando sistemas convectivos são formados previamente na região serrana. A introdução aos estudos referentes a climatologia das precipitações no Rio de Janeiro não pode deixar de apresentar os resultados das observações de longo período da Estação Climatológica Principal do Estado do Rio de Janeiro, traduzida pelas Normais Climatológicas, que revelam a existência de um período mais chuvoso, no verão, com cerca de 15 dias de chuvas. No inverno, particularmente em julho, os totais mensais de precipitação decaem abaixo de 50 mm, com um número médio de 6 dias de chuvas — são os menores totais de precipitação do ano — e têm nas frentes frias os únicos mecanismos geradores dessas precipitações.

Os ventos, de modo geral, na maior parte do ano, predominam os regimes de circulação de mesoescala na área litorânea do Rio de Janeiro, em virtude, principalmente, das brisas marítimas originadas pelo aquecimento diferencial entre o continente e o oceano. Constata-se uma nítida predominância de calmarias nos meses de abril e junho, enquanto os meses de novembro e dezembro se mostram com maior número de horas com ocorrência de ventos (menor percentual de calmarias).

Bibliografia:

MAIA L.F.P.G., 2005. Cenarização Espaço-Temporal dos Impactos na Qualidade do Ar da Bacia Aérea III da Região Metropolitana do Rio de Janeiro pelo Aumento da Demanda do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Galeão - Rio de Janeiro. Tese (Doutorado em Geografia) Programa de Pós-Graduação em Geografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

HEILBRON, M.; VALERIANO,C.M.; VALLADARES,C.S. & MACHADO,N. 1995. A orogênese brasiliana no segmento central da Faixa Ribeira, Brasil. Rev. bras. Geoc. São Paulo. 25(4):249-66.

Plano de Manejo Participativo do Parque do Gericinó. Nilópolis RJ


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